A pandemia do novo coronavírus forçou muitas empresas a fecharem as portas temporariamente. Tudo por conta das medidas impostas pelos órgãos de saúde pra tentar conter o avanço do vírus. Porém, portas fechadas não significam, necessariamente, negócio parado. Os serviços de delivery nunca foram tão requisitados. E as plataformas online – pra dar um melhor suporte a esses serviços – nunca foram tão necessárias.
Se sua empresa consegue oferecer seus produtos ou serviços de forma online, é hora de aproveitar. Em quarentena, os consumidores não podem frequentar shoppings e centros comerciais. Por isso, eles estão se voltando para compras em sites. Especialmente de itens de primeira necessidade, como produtos de higiene e alimentos.
O Sebrae recomenda que empreendedores invistam na presença digital de seus negócios. Assim, oferecendo venda online e entrega em domicílio, sempre que o segmento de negócio assim permitir. A entidade defende que é melhor se adequar ao sistema de delivery do que deixar de vender.
Os restaurantes são os maiores exemplos dessa adequação. O hábito de pedir delivery é crescente entre os brasileiros: só no último ano o setor de pedidos via aplicativos movimentou R$ 11 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Isto porque, muitos estabelecimentos já operavam com delivery há um bom tempo, mas muitos engrossaram a lista e adotaram o serviço após os decretos de restrição por conta do coronavírus.
Mas engana-se quem pensa que essas possibilidades ficam restritas aos itens de primeira necessidade. A varejista Ricardo Eletro, por exemplo, está reforçando sua atuação online como reflexo do cenário pandêmico.
A companhia tem cerca de 300 pontos de venda além do comércio eletrônico, que hoje representa cerca de 20% das suas vendas. Desta forma, ela percebeu um aumento de vendas no comércio eletrônico de 32% em março, em relação ao mesmo mês do ano passado.
Algumas categorias registraram crescimento nas vendas ainda mais expressivo. Itens voltados para trabalho remoto, como notebooks, telefones e mesas de escritório tiveram cerca de 80% de aumento nas vendas.
A Ricardo Eletro também aumentou suas áreas de atuação e passou a integrar parceiros de marketplace que antes não faziam parte do negócio central, como linhas médicas e alimentícias.
Outro setor que inova ao se utilizar das vendas online e sistema de delivery é o do vestuário. No conforto de casa, o cliente recebe uma malinha recheada com roupas, acessórios e calçados. E tem até dois dias para fazer as escolhas. O que não foi parar no guarda-roupa, é devolvido sem custo e entregue ao motoboy, que leva as peças de volta para a loja. O chamado ‘delivery de roupas’, tem ganhado adeptos e ajudado a ‘salvar’ o faturamento de lojas físicas fechadas pela quarentena.
São inúmeros os casos que podem servir de exemplo pra mostrar que as portas podem estar temporariamente fechadas, mas que deram um jeito de manter – e até ampliar – o contato com clientes. Assim, empresas que aderiram aos sistemas online, de e-commerce, de delivery, e conseguem dar seu jeito de driblar a crise e impulsionar vendas.
Fontes:
Uol Economia
Forbes Brasil
Jornal Estado de Minas
Exame
Sebrae