Existem alguns termos que são recorrentes no vocabulário dos empresários, “inovação” é um deles. Muitas vezes, essa palavra é dita em um tom autoritário, afirmando que “todo negócio deve inovar” — como se falar de inovação nas empresas fosse algo simples.
Em muitos casos, os empreendedores não entendem o significado desse termo e isso é fundamental. Para ajudá-lo nessa missão, decidimos recorrer ao design, afinal de contas, esse segmento da comunicação vive de inovar, não é verdade?
Se você quer entender mais sobre inovação nas empresas, leia este artigo até o final!
Inovação nas empresas é impossível sem empatia
No design, o cliente não é visto como um número ou uma meta. Isso não é uma crítica às profissões mais técnicas, como as financeiras e econômicas, trata-se apenas de uma constatação.
Humanizar o cliente é importante para entender as suas necessidades. Todo empresário, sem exceção, precisa oferecer ao seu público-alvo uma solução para algum problema.
A questão é que nem sempre o empreendedor consegue cumprir esse objetivo sem fazer exatamente igual aos seus concorrentes.
Fernanda Machado é uma designer gráfica cujo Trabalho de Conclusão de Curso foi um “livro para ensinar a fazer livros”. Fernanda tem síndrome de Down e percebeu que os livros comercializados não eram acessíveis.
Ela decidiu escrever um guia de diagramação para seus colegas designers. Dessa forma, ela revelou para o mercado editorial que existe uma fatia considerável de pessoas que não conseguem consumir literatura devido à falta de acessibilidade.
O livro é um produto que existe há séculos e mesmo algo tão antigo pode ser inovado. Basta ter um comportamento mais empático. Então como a empatia pode ser aplicada ao seu negócio?
O cliente tem voz, escute-o
Fazer pesquisas de mercado é muito importante, porém muitos empresários ignoram essa etapa em seus projetos. Esses estudos são fundamentais para a inovação nas empresas, uma vez que revelam as necessidades (e possibilidades) do cliente.
Imagine abrir um restaurante em um bairro e não ter certeza se os moradores estão dispostos a pagar a quantia cobrada? Outra situação possível seria descobrir que as pessoas daquele lugar não estão dispostas a sair de casa para fazerem suas refeições.
Nesse caso, ouvir o cliente poderia livrar essa empresa fictícia de prejuízos e ajudá-la a inovar o seu serviço, investindo em um produto mais barato ou em delivery, por exemplo.
No design o contato com o cliente é fundamental para oferecer a ele um produto personalizado, reduzindo as chances de rejeição.
Imagine um cliente que precisa de um site e procura um web designer que não o escuta? Isso tornaria a experiência dessa pessoa muito desagradável. Portanto, independentemente do quanto o designer tenha lido e estudado, o seu o conhecimento só é válido se ele se transformar em uma solução para o cliente.
Alguns empresários insistem em uma postura arrogante, defendendo com fervor seus pontos de vistas sobre uma ideia que já deu sinais de que não dará certo. Esse tipo de atitude é anti-inovadora.
Inovação exige experimento
Quando lemos algo sobre inovação nas empresas, nos deparamos com histórias inspiradoras. São raros os exemplos de biografias que não escondem os fracassos dos empreendedores.
Ter medo de errar é algo que poda a inovação. O processo de desenvolvimento de um projeto ou de uma ideia traz informações valiosas para a empresa. Os designers sabem disso e não temem os equívocos.
Se pararmos para refletir, veremos que nem sempre tivemos medo do fracasso. É na infância que aprendemos coisas dificílimas, como andar e falar. Não vemos os pequenos com medo do julgamento alheio, não é verdade?
Uma menina de 11 anos aliou essa coragem infantil ao design de produtos. Lily Born viu que seu avô, portador do mal de Parkinson, tinha muita dificuldade para tomar líquidos. Normalmente, ele os derramava.
A jovem decidiu criar uma caneca adaptada, com três alças. Ela se inspirou na anatomia do canguru para pensar seu produto. Lily recorreu a um financiamento coletivo para avançar em seu protótipo. A história é inspiradora, não é mesmo?
O problema é que Lily errou ao desenvolver seu primeiro produto. A jovem escolheu trabalhar com cerâmica e esse material não atendeu às necessidades do seu avô, uma vez que é quebrável. Agora, a jovem voltou à fase inicial do planejamento para poder resolver esse problema.
Inovação precisa ser viável
Existem ideias inovadoras que não só estão à frente do seu tempo, como de toda uma cadeia produtiva. Em outros casos, não existe demanda que justifique o investimento.
As startups entenderam que a viabilidade precisa ser considerada na hora de gerar serviços inovadores. Por isso, desenvolveram o conceito de “Produto Mínimo Viável” (MVP na sigla em inglês).
Trata-se de uma fase de testes do seu produto ou serviço, capaz de ser apresentado ao público para que ele o use sem questionar sua eficiência, todavia, dando ao empresário a oportunidade de avaliar os resultados dessa experiência.
O MVP é gerado da forma mais econômica possível. Ele não tem como meta gerar lucro, mas dar à empresa informações sobre o projeto para que continuem inovando até chegarem à fase de lançamento.
A importância de parcerias
Outro ponto importante para a inovação é contratar parceiros competentes e não subestimar processos. Um exemplo disso é o marketing. Por melhor que seja um produto, ele não se venderá sozinho. Por isso, contratar uma agência capacitada, é muito importante.
Imagine um pequeno negócio, cujo dono teve uma ideia, mas ele quer fazer todo o processo de marketing sozinho. Ele não é designer, mas acha que pode desenhar o logo da sua empresa. Não entende nada de social media, mas acredita que pode cuidar sozinho das redes sociais do negócio etc. Você apostaria no sucesso dessa empresa?
Reconhecer que sua companhia não pode cuidar de tudo e contratar empresas parceiras pode ser fundamental para o sucesso da sua ideia. Como vimos, inovação nas empresas é um tema amplo que envolve uma mudança de pensamento por parte do empreendedor.
Se você gostou deste artigo e quer aprender mais sobre design, precisa ler um material especial que preparamos sobre as tendências do design gráfico para 2019. Boa leitura!